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O carburador e a inspeção veicular – Parte 2/5


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Por: Da Redação - 23 de agosto de 2011

Nesta matéria vamos continuar abordando os aspectos de funcionamento do carburador e qual sua interferência nos gases de escapamentos.

Tubo misturador:



Constitui-se de um tubo calibrado e de desenho específico para cada tipo de carburador, cuja função é de misturar ou emulsionar o ar vindo da parte superior por meio do giclê de ar, com o combustível proveniente da parte inferior através do giclê principal.

Difusor

É o componente que restringe e passagem de ar e obriga a pulverização do combustível através do arrasto aerodinâmico.
O difusor é ligado a cuba pelo poço principal onde está localizado o giclê principal, tubo misturador e giclê de ar.

Venturi:

É um estreitamento existente na parte média da câmara de mistura. Sua função é de aumentar a velocidade do ar, provocando o aparecimento de uma depressão intensa. Essa diferença de pressão obriga a mistura a ser arrastada pelo difusor.

Câmara de mistura:

Região onde se localiza o difusor e o venturi. Nela será pulverizada a mistura ar combustível do sistema principal.

Tubo injetor e retorno:

Ligado à câmara da bomba de aceleração, o tubo injetor tem a função de dirigir corretamente o jato de combustível proveniente da bomba de aceleração.
Além disto, determina também, pelo seu orifício calibrado, a duração ou o tempo de injeção, uma vez que o volume é determinado pelo deslocamento do diafragma da bomba de aceleração.

Válvula de máxima e calibrador:

Instalada na cuba, na maioria dos carburadores a válvula de máxima é constituída por diafragma, mola e tampa em forma triangular.
Em alguns casos, entretanto, ao invés de diafragma, possuem um pistão.
Acionada pneumáticamente, sua função é permitir um volume extra de combustível na câmara de mistura do carburador.
Econostat ou sistema suplementar:

Constitui-se de um tubo de saída, voltado para o interior da câmara de mistura e ligado a um pescador que fica mergulhado no interior da cuba do carburador.
Sua função é enriquecer a mistura com uma quantidade extra de combustível nos regimes de plena carga.
Essa correção de mistura através do econostat é progressiva e aumenta até que o regime de plena carga seja atingido.

Funcionamento dos sistemas

Alimentação:

O combustível chega até o carburador sob pressão da bomba e passa pela válvula da bóia, onde é dosado.
A medida que o combustível vai enchendo a cuba, a bóia sobe e empurra a agulha, que fecha a válvula e impede a passagem de mais combustível.
Quando o nível de combustível desce em função do consumo, a bóia também desce, liberando a agulha que abrirá a válvula, permitindo a entrada de mais combustível.
Ao desligar o motor, a válvula da bóia se fecha. Para evitar pressão residual da bomba sobre a válvula de bóia, alguns carburadores possuem retorno de combustível para o tanque ou até mesmo uma válvula de solenóide que se fecha quando o contato é desligado.

Sistema de marcha- lenta normal:

Com o motor em funcionamento, o vácuo formado abaixo da borboleta de aceleração arrasta o combustível pelo canal da marcha lenta.
O combustível sai da cuba, passa pelo giclê principal, é dosado no giclê de marcha- lenta e recebe uma quantidade de ar do respiro de marcha -lenta, formando a mistura ar/combustível.
Essa mistura desce pelo canal de marcha-lenta até o parafuso de regulagem de mistura de marcha-lenta.
Esse sistema é composto por:
- Giclê de marcha lenta;
- Giclê de ar de marcha-lenta; - Parafuso de regulagem de mistura de marcha-lenta.

Sistema de marcha-
lenta suplementar:

Alguns carburadores apresentam esse sistema que acrescenta aos demais componentes do sistema normal o parafuso de regulagem suplementar, também conhecido como agulha suplementar, derivado ou bypar.
Nesse sistema o combustível sai da cuba, passa pelo  giclê principal, é dosado no giclê de marcha lenta e recebe uma quantidade de ar do respiro de marcha lenta, formando a mistura. A partir daí, a mistura é direcionada para dois canais distintos; um desce ao parafuso de regulagem normal, e o outro ao parafuso de regulagem suplementar.
O primeiro fluxo recebe, pelos furos de progressão, um volume de ar proveniente da câmara de mistura que fica empobrecida antes de atingir o parafuso de regulagem normal.
O outro fluxo, que se dirige ao parafuso de regulagem suplementar, tem sua mistura empobrecida por uma entrada de ar adicional oriunda da câmara de mistura.
Finalmente, os dois fluxos juntam-se no orifício existente logo após o parafuso de regulagem suplementar. Nesse sistema, a posição da borboleta aceleradora é fixada e lacrada.
O acerto da mistura é efetuado pelo parafuso de regulagem de mistura e a aceleração pelo parafuso de regulagem suplementar.

Sistema de marcha-lenta sônico:

Como o sistema normal, o sistema sônico é constituído por:
- Giclê de marcha lenta;
- Giclê de ar de marcha-lenta; - Parafuso de regulagem de mistura de marcha-lenta.

Porém, antes de atingir o parafuso de regulagem, a mistura recebe mais ar, que entra pelos furos de progressão e fica mais pobre.
A vantagem  desse sistema está na velocidade da corrente extra de ar, obtendo uma mistura mais homogênea, de fácil combustão, com sensível redução da taxa de emissões.

Sistem de corte de combustível

Este sistema é composto por uma agulha magnética, chamado também de solenóide ou interruptor de marcha-lenta, e eu objetivo é interromper o fluxo de combustível quando a chave de ignição é desligada, evitando assim o fenômeno de auto ignição.
Localiza-se no próprio giclê de marcha lenta, direto no canal de marcha lenta, entre o gi- clê e o parafuso de mistura, ou ainda no orifício de descarga na base do carburador.

Veja as tabelas de regulagens de alguns modelos de carburador.

Abaixo, veja a segunda parte do vídeo apresentado por Amauri gimenes sobre carburadores e a inspeção veicular