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Ar-condicionado do Fastback mantem o padrão Fiat e isso facilita a manutenção


O sistema de climatização de um veículo novo no mercado desperta a curiosidade dos reparadores especialistas em ar-condicionado, mas o Fastback vem equipado com componentes semelhantes aos demais modelos da marca

Por: Antonio Gaspar de Oliveira - 24 de agosto de 2023

No plano de revisões periódicas dos carros novos que estão dentro do prazo de garantia e após, tem vários itens descritos como substituição e nesta lista está o filtro de cabine.

Cada montadora recomenda um período adequado para a troca do filtro antipólen, mas dependendo do percurso e uso do veículo, o filtro pode ficar saturado de sujeira em poucos meses, por isso é importante fazer as verificações com frequência para manter o sistema funcionando de forma eficiente.

Em teoria um carro novo não vai precisar de manutenção no sistema de climatização por alguns anos, mas o filtro de cabine é o componente que deve receber mais atenção para ser trocado, independente do período recomendado pelo fabricante do veículo.

Foi até curioso ao chegar em uma oficina especializada em ar-condicionado com o Fastback e um funcionário já foi verificar onde poderia estar o filtro de cabine. (Fig.1)

A reação foi motivo de piada quando ele disse que a caixa de ar era igual do Fiat Uno, querendo dizer que era padrão Fiat e não teria nenhuma dificuldade em fazer manutenção no sistema de ar-condicionado do Fastback.

O filtro de cabine está na lateral direita da caixa de ar (lado passageiro) e basta soltar os parafusos da tampa e o filtro poderá ser removido sem dificuldades, facilitando mais um serviço rápido na oficina. (Fig.2)

Isso é bom para as oficinas que terão condições fazer as manutenções e entregar o carro com maior rapidez, deixando os clientes mais felizes ao saberem que ficarão pouco tempo sem o carro. 

Caso seja necessário fazer outros tipos de serviços no sistema de climatização do Fastback, naturalmente será necessário mais tempo para realizar o diagnóstico e substituição de componentes.

O compressor do ar-condicionado fica em uma posição onde o melhor acesso para remoção e instalação é por baixo e por recomendação de todos os fabricantes de veículos, é importante desconectar o cabo negativo da bateria antes de iniciar a remoção de componentes alimentados com energia elétrica. (Fig.3 e 4)

Outra etapa importante é fazer a remoção do gás refrigerante do sistema para evitar o lançamento acidental na atmosfera, lembrando que o gás R134a contribui com o aquecimento global e cada oficina pode fazer os serviços e preservando o nosso meio ambiente, coletando e reciclando o gás refrigerante, que será utilizado na recarga do sistema quando estiver com os reparos concluídos.

Para continuar a remoção do compressor, será preciso soltar os parafusos dos tubos de alta e de baixa pressão, tomando o cuidado para não amassar ou entornar os tubos, que são frágeis. Em seguida a correia poli v deverá ser removida com o uso de ferramentas adequadas, soltar o conector de alimentação elétrica do compressor e em seguida soltar os parafusos que prendem o compressor. 

Para facilitar ainda mais o acesso ao compressor para fazer a remoção e instalação, o fabricante recomenda a remoção da roda dianteira direita e a remoção da capa plástica da caixa de roda.

Durante os serviços, cada reparador adota a sua melhor estratégia para executar as tarefas e às vezes o maior tempo gasto fica dedicado na remoção pela dificuldade de acesso e uso de ferramentas.

Quando o fabricante recomenda a remoção de alguns componentes como a roda, é apenas para facilitar o serviço sem gastar muita energia e tempo e com isso é possível aumentar a produtividade na oficina.

A tubulação do circuito do ar-condicionado do Fastback foi otimizada e o sistema ficou mais eficiente com a melhoria da troca térmica. 

Ao observar o tubo de baixa pressão e o de alta, eles seguem paralelamente até certo ponto e depois se conectam, formando apenas um tubo, mas internamente tem duas passagens.

Uma dessas passagens é para o gás refrigerante que está retornando do evaporador com baixa pressão e mais frio do que o gás refrigerante em alta pressão que está sendo bombeado para o evaporador. (Fig.5 e 6)

Neste tubo de dupla passagem ocorre a troca de calor que aumenta a eficiência do sistema de climatização do veículo e podemos até comparar com uma serpentina. 

O comprimento não passa de 1 metro, mas o resultado é perceptível na cabine com a qualidade e equilíbrio da temperatura, além da economia no esforço do motor para movimentar o compressor.

Com esta configuração, a troca térmica ocorre em três pontos principais do circuito do ar-condicionado: no condensador, no evaporador e no tubo duplo (serpentina).

Boa parte dos veículos saem de fábrica com esta melhoria aplicada na tubulação do circuito do ar-condicionado e alguns reparadores dizem que este sistema é para economizar tubos de alumínio, mas não é verdade pois o objetivo é melhorar a eficiência térmica com a troca de calor quando os dois fluxos de gás/fluido, que passam em sentidos opostos dentro deste tubo, permitindo o equilíbrio das temperaturas. (Fig.7)

Para facilitar a manutenção, quando for necessária a verificação das pressões de trabalho do sistema, foram instaladas as duas portas de inspeções próximas uma da outra, H alta e L baixa.

A utilização de engates rápidos nos tubos e mangueiras do sistema de climatização também é uma maneira de facilitar a manutenção do ar-condicionado e ar quente, mas é preciso tomar cuidado ao destravar, pois se o sistema estiver pressurizado pode causar ferimentos. (Fig.8)

O controle da climatização do Fastback poder se realizado pela tela digital, em que estão dispostas todas as funções do ar-condicionado e também é possível ter o mesmo acesso, só que de forma analógica, pelo painel de controle através de botões e teclas.

Esta função, espelhada no display digital, facilita o acesso ao sistema de ar-condicionado, além de permitir acessar funções de outros sistemas como rádio, celular, navegação e funções de funcionamento do carro, isso depende de configurações. (Fig.9 a 11)