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Fiat Punto 1.4l ganha nota 7,3 por bom comportamento na oficina


Sucesso na Europa, o Grande Punto chegou ao Brasil em 2007 já como modelo 2008 apenas como Punto

Por: Marco Antonio Silvério Jr. - 13 de dezembro de 2010

Sucesso na Europa, o Grande Punto chegou ao Brasil em 2007 já como modelo 2008 apenas como Punto, uma opção entre Palio e Stilo, que já estava com os dias contados e agora saiu de linha definitivamente para a chegada do Bravo. As linhas bonitas e modernas desenhadas por Giorgetto Giugiaro também foram bem aceitas pelo público brasileiro. Oferecido com as opções de motorização 1.4l Fire Flex, 1.8l Flex e 1.4l turbo, o 1.4l Fire Flex foi o mais vendido e o escolhido para a última avaliação do reparador de 2010.

Motor e Injeção eletrônica
Apesar de ser exatamente o mesmo propulsor utilizado na linha Palio (exceto 1.4l EVO) e Idea, no Punto rende 5 cv a mais, são 85cv/ 86cv a 5750rpm (gasolina/ etanol), com torque de 12,4Kgfm/ 12,5kgfm (gasolina/ etanol) a 3500rpm, graças a novos coletores de admissão, que teve os dutos aumentados de 30mm para 33mm, e de escapamento, que agora é feito em tubos de aço e tem o catalisador integrado.

Uma nova calibração da injeção eletrônica também foi feita para dar mais agilidade ao modelo que tem peso 110kg maior que no Palio. Em relação ao Idea, o Punto tem 90 kg a menos, e mesmo com os 5cv a mais recebe criticas quanto ao desempenho, já que tem apelo mais jovial.

Outra fama que o Punto com motor 1.4l ganhou foi a de ‘beberrão’, pois para fazer o carro ser ágil é preciso pisar fundo, e o no acerto do motor ajuda, mas cobra o preço em combustível, fato é que em 2009 o tanque foi aumentado de 48 para 60 litros para melhorar a autonomia que ficava limitada. Assim o modelo 1.4l ficou num ponto intermediário, não satisfazendo totalmente quem busca desempenho, onde a melhor a opção seria o 1.8l, nem quem busca economia e por isso compra o carro com motor menor.

Já na oficina o modelo agrada e aparece normalmente para manutenções de rotina como troca de óleo e filtros, mas segundo o conselheiro Paulo Aguiar, da Engin, a embreagem tem vida útil limitada, devido a baixa potência aliada ao alto peso. “Tenho clientes que possuem este modelo e o conjunto de embreagem dura muito pouco, há casos em que não passa de 20 mil km”, comenta Paulo.

O conselheiro Fábio Cabral, da Box Mecauto, criticou a insistência da Fiat em manter os tuchos hidráulicos que necessitam de regulagem de válvulas que costumam prender com facilidade, deixando o motor com marcha lenta irregular e com falhas em baixa rotação, além de elevar o nível de CO.

Os outros membros do conselho também afirmaram terem recebido veículos reprovados na inspeção devido a este problema, e reclamaram da dificuldade para encontrar variedade de medidas das pastilhas de regulagem de válvulas.

Atente para o óleo correto a ser usado que deve ser do tipo semi-sintético com viscosidade API 15W40 e qualidade SL ou sintético com viscosidade API 5W30 de mesma qualidade. A capacidade do sistema é de 2,9l com filtro.

Quando for revisar este motor verifique a pressão de combustão e carbonização na câmara, que pode ser causada por vazamento de óleo através dos retentores da haste de válvula. As velas devem ser substituídas a cada 30 mil km.

O sistema de injeção é o Magnet Marelli 4DF e o conector para diagnóstico está na caixa de fusíveis no lado esquerdo do painel. Caso seja necessária análise da linha de combustível, a pressão de trabalho deve estar em 3,5 bar e a vazão de 80 l/h, como informou Amauri Cebrian, do centro automotivo Vicam.

O acesso ao conjunto da bomba de combustível, onde também está o regulador de pressão, é feito pela tampa parafusada abaixo do banco traseiro. “O sistema de partida a frio neste modelo  entra em funcionamento quando o veículo estiver abastecido com álcool e a temperatura ambiente for menor que 16°C”, finaliza Amauri.

Sistema elétrico
O conselheiro Sérgio Torigoe, do Auto Elétrico Torigoe, dá uma dica importante quanto a instalação de engate para carretinha no Punto. O aumento de consumo de energia ocasionado pelas lanternas da carretinha deixa o sistema VENICE sem referência, misturando todos os comandos de iluminação. Para resolver este problema a Fiat disponibiliza um módulo para este tipo de adaptação.

A bateria fornecida com o Punto é de apenas 40 Ah, então quando forem instalados acessórios que aumentem o consumo de energia, como som de alta potência, alarmes etc., a mesma pode não conseguir manter a carga necessária para uma posterior partida, exigindo a troca por uma de maior capacidade.

Acabamento
As principais falhas de acabamento encontradas facilmente no Punto são: a tampa do porta luvas, que precisa de força extra para fechar (se puxar a alça fica mais fácil) e costuma abrir sozinha; o acabamento do espelho retrovisor de diversos modelos caíram na rua e a solução adotada em algumas concessionárias foi colar a capa; e a tampa do bocal de abastecimento que emperra precisando ser aberta com uma chave de fenda, dobrando um pouco a mesma que é de plástico.

Undercar
O sistema de freios é a disco ventilado nas rodas dianteiras e a tambor na traseira, podendo contar opcionalmente com ABS Bosch 8.1 com distribuição eletrônica de frenagem entre eixos. A suspensão McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira é de simples manutenção e em relação ao modelo Europeu mudou alguns itens para ficar mais macia utilizando componentes do Stilo. A altura também foi elevada em 13mm.

Acompanhamos na oficina do conselheiro Júlio Cesar a manutenção de um Punto que apresentou vazamento na caixa de direção aos 40 mil km. O vazamento era proveniente de um bujão utilizado para regulagem da mesma, mas a comprovação da origem veio ao retirar a coifa do lado esquerdo da caixa, de onde escorreu grande quantidade de óleo.

A remoção da caixa fica muito facilitada baixando levemente o quadro da suspensão. O conjunto motor e câmbio deve ser apoiado com um cavalete para que ao soltar o coxim inferior traseiro, o quadro possa ser abaixado livremente dando grande espaço para a remoção da caixa.

Na Handor Tek, empresa especializada em reparo de caixas de direção hidráulicas e elétricas, foi constatado que o vazamento ocorreu devido a desgaste na cremalheira, provocado pelo retentor de teflon, que por ser muito duro acaba fazendo riscos na mesma e pode provocar até folga, por isso são utilizados na montagem foram utilizados outro tipo de retentor que não causa este dano.

Direto do Paredão, a opinião de outros reparadores
Os usuários do Fórum do site Jornal Oficina brasil deram opiniões durante o mês de Novembro sobre o veículo da avaliação do reparador. Veja abaixo.

No geral é um bom veículo e de boa reparação, mas tenho visto que o motor tem um ruído de fábrica que não tem como corrigir, ao despejar potência em certos regimes de trabalho aparece um ruído um tanto acentuado.

Usuário Canal da Oficina MC Kar do Rio Grande do Sul

Caros colegas
Tenho reparado que este modelo é forte e retoma bem quando é requisitado, digo sempre aos proprietários que por ser um modelo sensível eletronicamente, sua manutenção é simples porém com um custo um pouco elevado.

Quanto a durabilidade, tenho feito somente o trivial, quase nem se vê em uma oficina.

Quanto ao consumo é um pouco elevado,também com um propulsor 1.4 fica difícil andar a 80 km/h.
Abraço

Usuário V10

É um veiculo que ainda não está visitando muito minha oficina, apenas para coisas básicas,  pastilhas ,velas, filtros, etc.
Mas os clientes que possuem esse modelo reclamam da consumo alto e baixo rendimento!
Minha nota é 8!
Usuário Anderson Zanol da Auto peças
e mecânica Zanol em Nova Venécia, Espirito Santo

Depoimento dos conselheiros
Carlos Bernardo: Recomendo, apesar de o Punto 1.4 ser fraco para o peso do carro, possui design moderno e gostei da dirigibilidade.

Amauri C. D. Gimenes: Recomendo, por possuir fácil manutenção.

Fabio Cabral: Recomendo. O sistema de injeção deixa um pouco a desejar em relação a novos diagnósticos e descobertas, mas é um veículo muito bom, confiável e de fácil de manutenção, com peças acessíveis e preços razoáveis.

André Bernardo: Não Recomendo, pois tem baixo desempenho e alto consumo de combustível. Já o 1.8 recomendo.

Danilo Tinelli: Recomendo por ser um carro bom para o reparador trabalhar. As peças originais apesar de caras são confiáveis e o veículo agrada o cliente.

Sergio Torigoe: Recomendo. O projeto é atual e muito equilibrado. É um modelo que vem a oficina apenas para revisão dos itens de desgaste.

Paulo Pedro Aguiar Jr.: Não recomendo. O motor é fraco para o peso do carro, por isso a embreagem é sobrecarregada e a durabilidade diminui muito.

Júlio Cesar de Souza: Recomendo, o carro tem um design bonito, apesar de ter pouco motor para muita lata.

Aleksandro Viana:
Recomendo, pois é confortável, tem boa durabilidade e manutenção fácil e barata.

Claudio Cobeio:
Recomendo, pois todos que peguei até agora apresentaram apenas desgaste natural, como pastilha e filtros. Mas cuidado, pelo que vejo é um carro que não está vendendo muito e pode acabar saindo de linha a qualquer momento.

Ficha Técnica
Capacidades
Lubrificantes e Fluídos

Motor com filtro: 2,9litros semi-sintético API 15W40 SL ou sintético API 5W30 SL
Consumo máximo: 300 ml a cada 1000 km
Transmissão: 2l Tutela EPYX
Sistema de arrefecimento: 5,3l – Água desmineralizada + 30% de Paraflu
Reservatório de freio: 0,4l Dot 4
Sistema de direção hidráulica: 0,68l Tutela GI/A
Tanque de combustível: 60l
Bateria: 40Ah
Peso: 1090Kg

Motor 1.4l Fire Flex

Posição: Transversal Dianteiro
Número de cilindros: 4 em linha
Cilindrada total: 1368 cm³
Diametro x curso: 72 mm x 84 mm
Taxa de compressão: 10,35:1
Válvulas por cilindro: 2
Potência máxima: Gasolina/ Etanol 85 cv/ 86 cv a 5750 rpm
Torque máximo: Gasolina/ Etanol 12,4 kgfm/ 12,5 kgfm a 3500 rpm

Desempenho
Aceleração 0 a 100 km/h: 13,6s
Velocidade máxima: 162 km/h

Transmissão
Manual 5 marchas a frente e uma a ré

Relação de marchas
1ª: 4,273 | 2ª: 2,238 | 3ª: 1,444 | 4ª: 1,029 | 5ª: 0,838 | Ré: 3,909
Diferencial: 4,4

Sistema de freios
Hidráulico com comando a pedal com ABS opcional

Dianteiro
Disco ventilado, com pinça flutuante
Dimensões do disco: 257 x 20 mm
Espessura mínima admissível: 18,2 mm

Traseiro
Tambor, com sapatas autocentrantes e recuperação automática das folgas

Direção
Tipo pinhão e cremalheira com auxilio hidráulico
Diametro mínimo de giro: 10,9 m

Suspensão dianteira
Mc Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores transversais e barra estabilizadora
Amortecedores: Hidráulicos, telescópicos de duplo efeito

Suspensão Traseira
Semi-independente com eixo de torção