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Virabrequim convencional dos motores quatro cilindros em linha x Crossplane


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Por: Paulo José de Sousa - 23 de novembro de 2011

 

Quem acompanha o mundial de MotoGP já deve ter ouvido falar do conceito de motor “Big Bang” Nos motores tradicionais de quatro cilindros em linha das super motos , o virabrequim possui uma configuração onde os pistões trabalham aos pares, resultado da defasagem de 180° das fixações das bielas no eixo virabrequim.

Àmedida que os pistões externos sobem, os internos descem e vice-versa, sendo que os contrapesos do virabrequim são opostos uns aos outros e de igual massa, onde os mesmos se anulam, e o funcionamento do motor é equilibrado, porém a distribuição de torque e potência na roda traseira não é nada dócil.

Mas o que difere a Yamaha de 1000 cc, a famosa YZF R1 das concorrentes  é o conceito “Big -Bang” que  não é tão novo assim. Trata-se de um virabrequim onde a configuração foi herdada das motocicletas de competição , uma disposição diferente de virabrequim o chamado “Cross-Plane”, ou seja, plano em cruz. O que isto significa? Basicamente, temos os locais no eixo do virabrequim onde são fixadas as bielas (munhão) com a defasagem de 90° entre si, consequentemente, dando um formato de cruz, quando visto lateralmente. À medida que um pistão de uma das extremidades do virabrequim está no ponto morto superior, o pistão da outra extremidade está no ponto morto inferior, sendo que os dois pistões do centro estão na metade do caminho entre PMS e PMI um com o movimento de descida e o outro em fase de subida. Naturalmente o custo de toda essa modificação   foi um acréscimo nas vibrações proporcionadas também pela falta de simetria no  intervalo de ignição deste motor que atua em 270° - 180° - 90° - 180°.

A solução para reduzir a vibração adicional  foi instalar no motor um   “balanceiro”,  em forma de  contrapeso, que é solidário ao  virabrequim. Outras diferenças estão relacionadas à diagramação e a sequência da ignição deste motor que, aliadas a toda tecnologia empregada na motocicleta, proporcionam  uma incrível e suave distribuição linear de potência e de  torque, nas diversas faixas de rotação do motor, provenientes da combinação do torque da combustão e do inercial que resulta  da massa em movimento rotacional.