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Entenda o CVT do scooter e da motoneta - Parte 1


REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Por: Paulo José de Sousa - 21 de dezembro de 2011


Muito utilizado nos scooteres e nas motonetas, o CVT (transmissão variável contínua) é a solução quando a proposta do veículo é oferecer praticidade e conforto. Por isso, na primeira parte da matéria, vamos desmontar o mecanismo de transmissão variável da Yamaha e na segunda parte vamos elaborar o diagnóstico do sistema. Ressaltamos que as dicas de procedimentos de desmontagem, inspeção e diagnósticos são semelhantes em todas as marcas.

 

Numa transmissão comum, as marchas fazem parte de um conjunto de engrenagens interligadas, cujos pares são selecionados por meio do comando em uma alavanca na qual ocorrem as combinações necessárias para as diferentes velocidades.

As transmissões equipadas com CVT não têm marchas interligadas nem possuem engrenagens. O sistema CVT da motoneta é uma versão simplificada mas eficiente de transmissão automática.

Nas pesadas transmissões automáticas, que são verdadeiras caixas de mudanças, as relações de transmissão são manipuladas para se alcançar torque ou velocidade através da seleção automática de numerosas engrenagens. Estas formam conjuntos de carretéis, planetárias que são unidas em várias configurações e acoplamentos hidráulicos e mecânicos compostos de vários discos. A escolha da relação de transmissão é feita em função de alguns fatores, como rotação do motor e velocidade, ou usando tecnologia hidraulicoeletrônica através de uma unidade de controle.

 

Vantagens

Nos veículos de duas rodas, normalmente se adota o CVT quando o conforto é um dos pontos principais. Trata-se de um sistema simples e de baixo peso, que trabalha com uma correia de borracha segmentada de alta precisão que proporciona uma transmissão suave e uma gama enorme de variações de velocidades sem transmitir solavancos característicos das motocicletas equipadas com câmbio comum. O CVT tem uma excepcional durabilidade, que dispensa manutenção e ajustes frequentes por parte do usuário, pois o ajuste é feito à medida que as polias vão variando seus tamanhos. Por ser simples, gera menos ruídos e vibrações e proporciona melhorias na eficiência do motor, conferindo a ele características de uma transmissão muito progressiva, economia de combustível e redução nas emissões de poluentes.

Essa concepção de transmissão resultou em um compacto sistema, otimizando o aproveitamento do espaço.

Também permite ao condutor dirigir sem a preocupação de realizar trocas de marchas, conferindo a ele maior concentração no fluxo de trânsito, ideal para os grandes centros urbanos.

E ao subir uma ladeira não há o desconforto de ter de cambiar até encontrar uma marcha suficiente para manter a motoneta em velocidade, algo comum em veículo equipado com câmbio convencional, uma vez que o CVT procura a relação ideal automaticamente para aquela condição. Quer dizer, o CVT sempre tem a melhor relação para cada situação.

 

Descrição do sistema

O mecanismo de mudança de velocidades, composto de polias e correia com perfil em V, permite alterar continuamente a relação de transmissão entre as polias, proporcionando combinações de relações entre o motor e a roda traseira de acordo com a velocidade e as cargas impostas ao motor. Utilizando um jogo de polias de diâmetros variáveis, polia primária e secundária são ligadas entre si por uma correia de transmissão. A polia primária (motora) é assim chamada porque está ligada diretamente ao motor através da árvore de manivelas e a secundária (movida) está ligada à roda
traseira por intermédio da embreagem centrífuga seca e um conjunto de engrenagens de redução para aumentar a
força transmitida à roda traseira.