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Encontro do setor de reposição automotiva enfatiza metas para 2012


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Por: Da Redação - 18 de janeiro de 2012


No mês de dezembro de 2011, as entidades que representam o aftermarket automotivo, juntamente com os principais representantes das fábricas de autopeças e distribuidores, reuniram-se para comemorar os 40 anos da Andap - Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças. A instituição congrega os principais atacadistas de autopeças do País e tem como um dos seus objetivos reunir e orientar as atividades das empresas responsáveis pela distribuição de peças no mercado de reparação independente.

O encontro ocorreu na sede da Fecomercio, no centro de São Paulo, e, além do caráter festivo do almoço para os participantes, foi marcado pela apresentação de uma palestra motivacional com o empresário David Portes, que iniciou suas atividades em marketing como camelô e hoje possui uma agência de promoção e ministra cursos em técnicas de vendas.

Renato Giannini, que em 2010 assumiu a presidência da Andap e do Sicap (Sindicato do Comércio Atacadista, Importador, Exportador e Distribuidor de Peças, Rolamentos, Acessórios e Componentes para a Indústria e para Veículos no Estado de São Paulo) para o período que se encerra em 2014, ressaltou aos convidados presentes que a cadeia gerou, em 2010, consideráveis R$ 69 bilhões.

O presidente da entidade falou ainda da expressiva atuação da Andap ao longo do ano na área de tributos, questão de extrema relevância para o setor da distribuição automotiva devido à implantação da substituição tributária.

Giannini relembrou a trajetória da Andap e sua representatividade, alem da criação do Sicap em 2001, enfatizando que o idealizador desta iniciativa foi Mário Penhaveres Baptista, diretor da Distribuidora Automotiva e primeiro presidente do sindicato. ”A entidade nasceu em função do mercado independente de autopeças e foi fundada para defender este mercado. Queremos preparar sempre os funcionários das empresas, sejam varejistas , sejam atacadistas”, esclareceu Penhaveres, que integra o Conselho Consultivo da Andap/Sicap.

 

Impressões do mercado em 2011 e metas para 2012 – a opinião dos principais executivos do setor

 

Para Antônio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, o ano não foi tão marcante para o setor como observado no ano passado, isto baseado nos resultados apresentados em 2010. “Foi um ano relativamente instável, com pequeno crescimento do setor. Em 2012, queremos difundir a inspeção técnica veicular em outros municípios e estados. A certificação profissional, a criação do Sindirepa Nacional e outras providências serão tomadas para valorizar cada vez mais o reparador independente”, analisa Fiola.

Luis Sérgio Alvarenga, diretor de assuntos institucionais do Sindirepa-SP e assessor do Grupo de Reposição do Sindipeças, julgou positivo o balanço dentro da cadeia em termos de mercado e movimentação. “O volume de venda de carros e a própria inspeção veicular em algumas regiões do país agitaram o mercado e a reposição está intensa, pelo menos na base, onde estão as oficinas. Do ponto de vista do aftermarket, a percepção é que poderia ter sido muito melhor, porém, houve um crescimento modesto, não no patamar que esperávamos”. Alvarenga acredita que alguns elos do canal não tiveram o crescimento desejado.

Já para Francisco De La Torre, diretor do Sincopeças, o desempenho do setor esteve dentro do previsto e em 2011 a entidade obteve conquistas importantes, como um projeto de combate à pirataria e falsificação, que já está formatado e entregue.  De La Torre também enfatizou que, em 2012, o sindicato travará uma luta ferrenha para impedir o aumento do MVA (substituição tributaria nas operações com peças, componentes e acessórios para autopropulsores e outros afins). “Estamos trabalhando em conjunto com o Sicap, o atacado e a indústria e, caso não consigamos impedir, vamos brigar para que tenhamos o mesmo MVA das concessionárias, pois essa diferença tem causado assimetria entre os preços comercializados nos balcões das autopeças e os produtos vendidos nas concessionárias”, explicou.

Para Rodrigo Carneiro, diretor comercial da Distribuidora Automotiva, uma empresa do Grupo Comolatti, o mercado brasileiro conseguiu acompanhar a evolução macroeconômica brasileira. Já Carlos Alberto Barbosa Filho, diretor de aftermarket da Robert Bosch Brasil, não ficou tão satisfeito com o resultado obtido, mas comparou o crescimento com o PIB do País, que foi em torno de 3%.

Na opinião de Fernando Passos, diretor-geral da Valeo Service América do Sul, o mercado ainda sofre reflexos da desaceleração da economia, mas informou que a Valeo teve crescimento significativo de 10% no mercado de reposição.

A Sabó, que foi representada pelo diretor de aftermarket América Latina, Marcus Vinicius Silva, atingiu um crescimento de 6%, sendo que o projetado havia sido 10%. O executivo demonstrou otimismo para os próximos anos e ressaltou a crescimento da frota e o aumento da demanda na reposição. Marcus Vinicius também foi enfático ao afirmar que os planos para 2012 devem se concentrar no treinamento, uma vez que a realidade do mercado aponta que tem aumentado a quantidade de produtos que retornam do campo em função de má aplicação ou carência de informação no momento de aplicar a peça.

Na ZF Sachs o clima era de comemoração comedida com o crescimento de 8,5% em 2011. O diretor de aftermarket da empresa, Douglas Lara Júnior, estava um pouco mais otimista com o mercado de reposição de autopeças e agora projeta 10% de incremento nos negócios para o ano de 2012.

Na avaliação do gerente de marketing da MTE- Thomson, Alfredo Bastos, com a competitividade acirrada do mercado, a melhor estratégia para o ano que se inicia é manter a rentabilidade e vencer desafios, principalmente com a quantidade de carros novos no mercado. Isso, na opinião dele, atrapalha a reposição em função da diversificação de part numbers, tanto para o comércio, quanto para os reparadores, uma vez que o número de itens cresce e o estoque tem que ser muito bem estudado para suprir essa demanda variada. Na questão de qualificação profissional, Bastos informou que já está em fase final o programa de bolsas de estudo via SENAI e Sindirepa para o reparador independente em 2012.