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BMW X5 xDrive50i V-8 Bi-turbo


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Por: Marco Antonio Silvério Junior - 13 de dezembro de 2011


O que mais impressiona no motor desta versão do X5 não são os expressivos valores de torque e potência, mas sim a faixa de aproveitamento, devido aos muitos recursos utilizados pela BMW para ganho de eficiência, redução no consumo de combustível e emissão de poluentes, entre eles, a injeção direta, que permite uma maior precisão no volume de combustível injetado, além de outras vantagens.

 

As principais características deste motor são a construção em alumínio, os cabeçotes reverse-flow, em que a saída do escapamento acontece na parte superior do motor e a admissão na parte inferior, tornando o conjunto com as duas turbinas mais compacto, e com uma resposta mais rápida, além do sistema Double Vanos, que detalhamos mais adiante.

Devido à construção com fluxo reverso, os catalisadores estão instalados junto às turbinas em cima do motor, logo após os sensores de oxigênio. Os tubos de escapamento em aço inox seguem separados até a parte traseira do carro, onde se juntam em um grande silencioso. Os intercoolers são do tipo ar/água e ficam localizados logo à frente do motor.

A aceleração até 100 km/h partindo do zero acontece em apenas 5,5s, o que já seria impressionante para um sedã ou hatch, que dizer de um SUV, ou melhor SAV (Sport Activity Vehicle), como a BMW denomina o X5, que pesa mais de 2,2 toneladas.

 

Nova transmissão automática de oito velocidades

A transmissão de oito velocidades com gerenciamento Steptronic foi inicialmente utilizada nas séries 5 GT e 760i em 2009 e visa oferecer relações mais curtas nas primeiras marchas, proporcionando maior aceleração e aproveitando melhor o torque do motor. Para manter velocidades de cruzeiro, há duas relações longas para viagens com menor nível de ruído e consumo de combustível.

A tecnologia empregada nesta nova caixa de marchas permitiu manter o mesmo peso da antiga de seis velocidades, mas o que mais impressiona é a eficiência e precisão nas trocas de marcha, principalmente em acelerações fortes, seja em modo automático ou sequencial. Em velocidades baixa, somente com atenção é possível perceber as rápidas mudanças, de marcha.

Mas a principal vantagem que pode ser percebida nesta transmissão é a velocidade com que se adapta às condições de rodagem e solicitação do motorista. Se, ao circular a uma velocidade baixa e constante, quando o Steptronic seleciona uma relação de marchas que proporciona um rodar suave e econômico, o acelerador for requisitado de forma mais brusca, o sistema prontamente baixa algumas marchas e coloca o motor em estado de alerta, pronto para uma aceleração mais rápida, mas tudo de forma muito precisa, e se a velocidade for mantida, não demora até a transmissão voltar às condições de cruzeiro.

Seletor de marchas eletrônico - A alavanca de seleção de marchas da X5 é apenas um joystick que envia sinais eletrônicos para realizar as mudanças de marcha, ou seja, não há comunicação mecânica entre a alavanca e a transmissão. As posições de engate são as mesmas de um câmbio automático convencional, porém a posição Park (estacionamento) é feita por um botão no topo da alavanca. O modo sequencial é ativado deslocando a alavanca para a esquerda e então para a frente e para trás, para reduzir ou subir marchas.

 

Sistema VANOS

Trata-se de um controle de comando de válvulas continuamente variável. Os primeiros sistemas VANOS realizavam a variação do comando de válvulas, porém com apenas duas posições predefinidas, ativadas por uma solenoide ON/OFF.

Os sistemas continuamente variáveis, como os que equipam a X5, se tornaram possíveis com a aplicação de válvulas solenoides acionadas com sinal do tipo PWM, ou seja, com comprimento de pulso modulado, assim há múltiplas posições possíveis e a posição do comando de válvulas pode ser continuamente variável, atendendo a todas as condições de funcionamento do motor.

Para cada regime de rotação e funcionamento do motor, há um momento de abertura e fechamento ideal para facilitar ou aumentar a velocidade de entrada do ar na câmara de combustão, que irá se traduzir em um satisfatório enchimento dos cilindros.

Em um comando de válvulas de posição fixa, quanto antes acontecer a abertura da válvula de admissão em relação à posição do pistão (dentro de uma faixa de tolerância), melhor será o enchimento do cilindro nos regimes de médias a altas rotações, porém o maior cruzamento de válvulas (momento em que tanto as válvulas de admissão quanto as de escape estão abertas) irão causar marcha lenta irregular.

Por outro lado, uma abertura atrasada proporcionará uma marcha lenta suave, em detrimento da performance nos regimes de carga. A ideia do comando de válvulas variável não é elevar a potência, mas sim obter suavidade de marcha lenta, progressividade e incremento do torque em baixas rotações, obtendo assim menor consumo e emissões de poluentes, além de melhor dirigibilidade.

No sistema Single VANOS, o controle era feito apenas nos comandos das válvulas de admissão e no Double VANOS; agora é estendido também aos comandos das válvulas de escape. A principal vantagem é realizar um ajuste da reciclagem de gases de escapamento na câmara de combustão.

O ajuste da posição é feita pelo módulo de controle do motor, que possui um mapa cruzando informações de velocidade, carga, temperatura de água e óleo do motor, e posição dos comandos de válvulas. O módulo aciona uma válvula solenoide, neste caso com sinal tipo PWM, que direciona o fluxo do óleo para o pistão que está integrado à engrenagem, retardando ou adiantando a posição do comando em relação a ela.