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Caminhões e ônibus mais silenciosos a partir de janeiro de 2022 - implantação PROCONVE – P8


Desde o dia 1º de janeiro de 2022, as montadoras estão aplicando novas regras estabelecidas pelo Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), fase P8, incluindo novos limites de emissões de ruídos

Por: Antonio Gaspar de Oliveira - 06 de julho de 2022

Os veículos que utilizam motores diesel emitem poluições em níveis que precisam ser controlados para reduzir os danos causados ao meio ambiente, incluindo a saúde das pessoas, principalmente nos grandes centros urbanos.

Quando a palavra poluição é mencionada, logo se imagina um céu cheio de fumaça ou um rio sem vida transformado em esgoto, isso porque é possível ver o acúmulo destes poluentes, mas temos outro tipo de poluição tão destruidora quanto estas que são visíveis, é a poluição sonora causada principalmente pelos veículos pesados.

Sem desprezar os benefícios obtidos com as implantações das fases do Proconve, que permitiram uma redução de até 98% na emissão de poluentes por veículos e apenas como exemplo, a emissão do monóxido de carbono (CO) de um veículo leve, que era de 54g/km no início do programa, está hoje por volta de 0,4 g/km, devemos ficar atentos aos poluentes invisíveis, mas audíveis, que prejudicam a saúde de pessoas que ficam expostas por longos períodos, em função do trabalho com veículos pesados. 

Estudos realizados pela OMS – Organização Mundial da Saúde, apontam os danos causados pelos ruídos dos motores de caminhões em pessoas que ficam expostas em determinadas faixas de ruídos, que é medida em decibéis.

Os ambientes com ruídos até 50 decibéis são conhecidos como zona confortável, que não trazem prejuízos à saúde humana.

Entre 50 e 60 decibéis, o organismo humano começa a reagir aos impactos e efeitos dos ruídos contínuos. 

Na faixa entre 60 e 70 decibéis, acontece o aumento do nível de cortisona no sangue, que provoca a redução da capacidade imunológica, redução da capacidade de dormir, aumento da ansiedade e a elevação da concentração de colesterol no sangue.

Acima de 70 decibéis, o ambiente fica perigoso podendo levar a riscos de enfarte, doenças mentais e infecções provocadas pela queda da imunidade.

A perturbação do organismo pelo excesso de barulhos gera efeitos como o cansaço, fadiga, insônia, irritabilidade, estresse, dificuldade para se concentrar e dores de cabeça, afetando a respiração e os batimentos cardíacos, possibilitando o aparecimento de doenças cardiorrespiratórias 

Estas alterações afetam o sistema digestivo que aumenta a produção de ácido gástrico, levando ao surgimento de gastrite, hérnias e úlceras.

Diante desta exposição, percebemos que o PROCONVE contribui com o controle de emissões veiculares e também cuida da saúde das pessoas que ficam expostas neste ambiente poluído, incluindo as emissões de ruídos dos motores diesel dos caminhões. 

As melhorias aplicadas aos veículos estão diretamente ligadas aos controles de poluentes, que atendem às regulamentações nacionais e internacionais. Como exemplo temos o PROVONVE aqui no Brasil que segue as referências da União Europeia através das fases EURO, atualmente no Brasil, estamos na fase EURO 6, que corresponde à fase PROCONVE P-8.

Agora entrando no tema desta matéria, o objetivo do Proconve é estabelecer novos parâmetros técnicos de controle de poluentes e fornecer conhecimento sobre as principais características dos veículos automotivos, incluindo os classificados como pesados, que utilizam motores do ciclo Diesel.

Estes veículos passam a utilizar os novos limites máximos de emissão de poluentes e ruído para serem homologados a partir de 2022 no Brasil. Essa nova fase do Proconve foi instituída pela resolução Nº 490/2018, do

Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que está vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.

As reduções de emissões de ruídos dos veículos serão realizadas em três fases, a partir de janeiro de 2022.  

Teremos novidades para homologar os veículos novos, conforme determinam os padrões estabelecidos pelo Proconve P-8.

Os testes dos veículos novos serão realizados no transito diário, que pode ser em ambiente urbano, estradas com velocidades variadas, além de avaliar o sistema de injeção de combustível e o sistema de partida a frio. Além destes testes em ambientes reais de uso dos veículos, os fabricantes também precisam comprovar que os veículos manterão os níveis de emissões por toda a vida útil. Para isso, o Conama estabelece os seguintes testes:

A ausência de fiscalização passa a ser o grande desafio para manter estes veículos dentro dos padrões estabelecidos nesta nova legislação, assim como a prática da manutenção preventiva, que minimamente atende o que está previsto no plano de manutenção de cada veículo, pela quilometragem percorrida. Quando não ocorrerem as manutenções determinadas pelos fabricantes dos veículos e a ausência de fiscalização de veículos, isso coloca em risco toda a evolução aplicada na escalada das reduções de emissões de ruídos.