Notícias
Vídeos

Crônica de uma consumidora na oficina


Ao entrar no carro pela primeira vez, tive uma confortável surpresa: senti-me mais alta que o normal (o que era de esperar para uma perua cross)

Por: Vivian Martins Rodrigues - 18 de janeiro de 2012

Foi à primeira situação que me agradou, já que o regulador de altura me foi útil. Os comandos são fáceis de manusear, o volante confortável e o câmbio, manual, responde rápido e macio.  Notei todos os detalhes, inconscientemente, como consumidora e lembro-me de ter pensado que era um carro que compraria. Externamente os faróis, com máscara negra, chamam atenção. Internamente, espaçoso, bancos com tecido Malharia Sound e com acabamento interno que aprovei. Ao guiá-lo, senti estabilidade nas curvas, o que pode ser efeito dos pneus mais largos. O destino era o bairro Chácara Santo Antônio, em São Paulo. No caminho, fui surpreendida por um Honda Civic que comportava um motorista nada habilidoso. Freei bruscamente, pois o individuo parou de repente na minha frente e, em plena marginal, senti o poder do ABS. Agradeci pela resolução que exige, a partir de 2014, a obrigatoriedade deste item de segurança. No asfalto, o Space Cross desempenha seu papel com desenvoltura, espero um dia testá-lo na terra.

Chegando à oficina, o grande desafio estava por vir: desvendar o que o Space Cross oferecia de vantagens e desvantagens ao reparador que, em breve, verá esse modelo em sua oficina. Após analisar o carro de todos os ângulos, inclusive ao ser erguido no elevador, tive a experiência que todo consumidor deveria ter.

Análise do reparador

O reparador afirmou que a suspensão dianteira aumentou 33 mm, a traseira aumentou 35 mm, sendo 5mm em ambas apenas pelo novo perfil dos pneus aro 15, que agora são 205/55.

O motor, EA 111 VHT, com 1.6 L e 104 CV (quando abastecido com etanol), possui o sistema drive-by-wire, eletrônica aplicada ao acelerador, que é a tendência dos carros flex. Os bicos injetores estão posicionados como no modelo anterior e o sensor de temperatura encontra-se no cabeçote, que continua sendo de alumínio.

Também alerta que, para reparar este carro, é necessário entender de injeção eletrônica e possuir scanner atualizado. O espaço do motor permanece igual, assim como alguns componentes: vaso do reservatório, sensor de pressão do coletor, modo de ignição localizado na própria bobina, sensor de fase, cabos de vela e correia dentada. O veículo possui 2 sondas lambdas: a primeira diz respeito à eficiência do motor conforme a queima; a segunda, mede a eficiência do catalisador.

Normalmente, quando este veículo passa por um buraco grande ou uma lombada capaz de danificar a roda, a bandeja entorta. O reparador, quando troca a bandeja, não consegue enquadrar a geometria do veículo. O reparador indica trocar o quadro completo, as buchas, mangas e rolamento.

Dica: O lubrificante correto a ser utilizado e a quantidade estão especificados no manual do proprietário.

A classificação adequada é a que vem descrita e vai atingir o torque sugerido.