Notícias
Vídeos

Novo Chevrolet Cruze deixa de lado o motor 1.8 aspirado e aposta no downsizing


Sedã médio da GM apresenta importantes mudanças em tecnologia e, principalmente, na motorização: adota o 1.4 turbo de 153 cv com mais fôlego e menos consumo que o anterior

Por: Vinícius Montoia - 19 de outubro de 2016

O sedã médio da Chevrolet chegou ao mercado com uma novidade importante: aposentou o motor 1.8 aspirado (140 cv) e adotou uma nova motorização. O 1.4 flex turbo de 153 cv chegou para ser uma das melhores opções entre os modelos do segmento de sedãs médios do país.

Faróis e grade superior agora estão integrados
O novo motor com tecnologia Ecotec turbo tem Start/Stop e injeção direta de combustível. Ele desenvolve 153 cv a 5.200 rpm e 24,5 kgfm de torque a 2.000 rpm com etanol. Já com gasolina o motor 1.4 turbo entrega 150 cv a 5.600 rpm e 24 kgfm de toque a 2.100 rpm. Este propulsor recebeu a nota “A” no selo de eficiência energética do Inmetro e de acordo com os dados do instituto o modelo faz 11,2 km/l na cidade e 14 km/l na estrada quando abastecido com gasolina. Já com etanol a média é de 7,6 km/l na cidade e 9,6 km/l em rodovias. Segundo a marca, ele é 30% mais econômico que a geração anterior.

O turbocompressor, a injeção direta de combustível, o cabeçote com coletor de escape integrado, além do bloco e cárter, são de alumínio. Há ainda comando variável de válvulas. Para que o consumo fosse reduzido, a carroceria também colaborou, com massa menor. São cerca de 100 kg a menos do que o Cruze antigo.

De acordo com a Chevrolet, o motor turbo disponibiliza 90% do seu torque numa faixa entre 1.500 e 5.000 rpm. Já a potência é liberada entre 5.600 e 6.000 rpm.

O para-choque traz vincos e defletores nas extremidades
A transmissão automática de seis marchas é de terceira geração e é a mesma utilizada no Cruze dos Estados Unidos. Para o mercado brasileiro o conjunto foi melhorado para poder rodar com gasolina e etanol, segundo a GM. Essa transmissão não traz a comodidade de fazer as trocas por aletas atrás do volante, apenas na alavanca do câmbio.

O veículo ficou muito mais agradável de dirigir do que o modelo anterior. A rolagem da carroceria antes era muito grande, o que foi razoavelmente menor no teste que fizemos com o novo modelo. Além disso, ele é mais aconchegante e o desempenho é incomparável ao do Cruze antigo. As retomadas de velocidade, mesmo com um motor 1.4 turbo, além de serem rápidas proporcionam um bom “roncar” desse propulsor. O câmbio automático funciona bem, mas para os mais atentos ainda é possível sentir as trocas.

Há um compartimento no console central com tecnologia capaz de carregar o smartphone via indução eletromagnética
Quando falamos da posição de dirigir há mais uma evolução no sedã médio da Chevrolet. O veículo tem um volante com ótima empunhadura, com comandos de áudio e piloto automático superintuitivos e rápidos, inclusive com o assistente de permanência em faixa. O cluster é de fácil leitura e não cansa a visão. Os porta-objetos suportam até celulares com tela maior e é possível recarregar, se o seu smartphone tiver essa função, através de indução em um compartimento específico localizado próximo ao apoio de braço de console central.

O material do painel, composto de duas cores, tem toque suave e acabamentos cromados no volante e saídas de ar. O MyLink 2, no centro do painel, tem tela de 8 polegadas capacitiva de alta definição, além de Android Auto e Apple CarPlay. No sistema multimídia é possível acessar a navegação embarcada e dar ordens por comando de voz.

Espaço suficiente para quatro ocupantes viajarem com conforto
Para quem viaja na parte de trás a única crítica fica por conta da falta de saída de ar. O assento oferece boa inclinação para acomodação, permitindo viagens longas sem maiores reclamações.

Na parte de segurança ele vem equipado com controle eletrônico de tração e de estabilidade, freios com ABS, EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e PBA (frenagem de emergência), luz de condução diurna em LED, airbags frontais, laterais e de cortina (somente na versão LTZ há 6 bolsas infláveis; na LT são somente dois).


Os outros equipamentos do modelo são a direção elétrica, controle de cruzeiro adaptativo, abertura e fechamento dos vidros por controle remoto, tomada de 12V também para os ocupantes traseiros, revestimento de couro dos bancos, OnStar, sistema isofix de fixação de cadeirinha infantil, assistente de partida em rampas, monitoramento de pressão dos pneus, câmera de ré, sensor de estacionamento dianteiro e traseiro, faróis com regulagem de altura, sensor de chuva, sensor crepuscular, abertura das portas por sensor de aproximação na chave e partida por botão no painel, acionamento da ignição por controle remoto, retrovisores externos com rebatimento elétrico e aquecimento, retrovisor interno eletrocrômico, rodas escurecidas e acabamento da grade e das maçanetas externas em cromo.

Alerta de colisão
O novo Cruze traz ainda um pacote com tecnologias até então nunca vistas em um sedã médio da marca: assistente de permanência em faixa, alerta de colisão frontal, alerta de ponto cego (que é discreto e eficiente, diferentemente de outros veículos que chegam a “encher a paciência” com aqueles alertas espalhafatosos), sistema de estacionamento automático, farol alto inteligente (que abaixa o facho de luz ao perceber que há outro veículo à frente ou vindo na direção oposta), carregador de celular sem fio e banco do motorista com ajustes elétricos.

O carregador via indução eletromagnética só é possível de usar, obviamente, com telefone compatível com essa tecnologia.

Ele recebeu novos desenhos no painel das portas e no painel de instrumentos
Por fora o novo Cruze ganhou novo desenho de faróis, lanternas, grades, portas, etc. Ou seja, o desenho da segunda geração traz otimização aerodinâmica e, segundo a marca, chegou ao coeficiente de arrasto de apenas Cx 0.30. Em relação às proporções da carroceria, o Cruze 2017 ficou 6,2 cm mais comprido, 0,9 cm mais alto e seu entre-eixos é 1,5 cm maior que o antecessor. O porta-malas é de 440 litros, 10 litros menor do que o modelo anterior, provavelmente devido ao aumento da distância entre-eixos.

O modelo chega em duas versões: LT e LTZ. A primeira sai por R$ 89.990 e a LTZ começa a partir de R$ 96.990. O veículo testado por nós, com pintura Branco Abalone (perolizada – R$ 1.550) e pacote de tecnologia (R$ 10.460) custa nada menos do que R$ 109.000. O modelo é oferecido em seis opções de cores: Branco Abalone (R$ 1.550), Vermelho Edible Berries, Cinza Satin Steel (R$ 1.500), Petro Ouro Negro (R$ 1.500), Branco Summit (R$ 650) e Prata Switchblade (R$ 1.500).

DADOS TÉCNICOS
Chevrolet Cruze 1.4 Turbo LTZ

Motor: 1.4 turbo flex

Tipo: quatro cilindros em linha, transversal

Cilindrada: n/d

Potência máx.: 150 cv (G) / 153 cv (E)

Torque máx.: 24 kgfm (G) / 24,5 kgfm (E)

Tração: 4x2

Transmissão: automática, 6 velocidades

Peso: 1.321 kg

Comprimento: 4,66 m

Largura: 1,80 m

Altura: 1,48 m

Distância entre-eixos: 2,70 m

Porta-malas: 440

Tanque de combustível: 52 litros

Rodas: 17”, em alumínio

Pneus: 215/50 R17

Suspensão D/T: McPherson / eixo de torção

Freios D/T: disco ventilado/ disco sólido

Desempenho

Aceleração 0 a 100 km/h: n/d

Velocidade máxima: n/d

Consumo inmetro

Cidade: 11,2 km/l (G) / 7,6 km/l (E)

Estrada: 14 km/l (G) / 9,6 km/l (E)