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Honda CR-V muda e ganha equipamentos, mas o motor 2.0 16V permanece


Com 155 cv com etanol e tecnologia FlexOne, SUV da marca japonesa tem desempenho mediano e consumo elevado para motor de 1.997 cm³, pois pesa 1.579 kg

Por: Vinícius Montoia - 18 de setembro de 2016

O Honda CR-V sofreu algumas mudanças estéticas importantes, mas nada que o fizesse pensar que está vendo um veículo totalmente novo nas ruas. O que mais chamou atenção foi o acréscimo de alguns equipamentos, o fato de ele só ser vendido na versão topo de linha e o preço, que em um ano variou de R$ 134.900 para R$ 148.000. Uma diferença de R$ 13.100 em 12 meses, levando em conta que ele foi lançado em julho de 2015 e nós o testamos em julho deste ano.


O SUV da Honda chega ao Brasil importado do México e a versão disponível para o mercado nacional é a EXL com tração 4x4, câmbio automático e o motor 2.0 16V SOHC i-VTEC flex, com partida a frio sem a necessidade de tanquinho de gasolina. Ou seja, somente a unidade topo de gama, deixando o comprador sem opções.

DADOS TÉCNICOS
HONDA CR-V

Motor: 2.0 Flex One

Tipo: quatro cilindros em linha, transversal

Cilindrada: 1.997 cm³

Potência máx.: 150 cv (G) / 155 cv (E)

Torque máx.: 19,3 kgfm (G) / 19,5 kgfm (E)

Tração: 4x4

Transmissão: automática, 5 velocidades

Peso: 1.579 kg

Comprimento: 4,58 m

Largura: 1,82 m

Altura: 1,65 m

Distância entre-eixos: 2,62 m

Porta-malas: 589

Tanque de combustível: 71 litros

Rodas: 17”, em liga leve

Pneus: 225/65 R17

Suspensão D/T: McPherson / Multi-Link

Freios D/T: ventilado 296 mm/disco 305 mm

Desempenho

Aceleração 0 a 100 km/h: n/d

Velocidade máxima: n/d

Consumo inmetro

Cidade: n/d

Estrada: n/d


MUDANÇA NO DESIGN

O utilitário esportivo da Honda chegou ao mercado com nova grade frontal, alinhando o seu desenho com a identidade visual da marca, “Solid Wing Face”, com grade tipo colmeia e detalhes cromados. Os faróis ganharam luzes de navegação diurna em LED e também novo formato. Os faróis de neblina retangulares (não são mais redondos) receberam contorno cromado e o para-choque foi redesenhado.

Faróis receberam contorno em LED
Já na parte de trás também há novo para-choque e um friso cromado que contorna a parte inferior do vidro, avançando sobre as lanternas. As rodas aro 17 polegadas tem novo desenho e calçam pneus 225/65.

CABINE MAIS TECNOLÓGICA

O painel do modelo mudou e agora traz textura suave ao toque. Além disso há novo acabamento e detalhes cromados, com console central totalmente renovado, maior e modular. É possível colocar copos e garrafas de tamanhos distintos no porta-copos por conta disso e o veículo não esqueceu o conforto dos passageiros que andam no banco traseiro: há saída de ar-condicionado também para quem vai atrás. Mas ele é controlado pelo motorista e passageiro da dianteira, sendo apenas de duas zonas.

A transmissão ainda é a automática de cinco velocidades
A tecnologia do veículo fica evidente na nova central multimídia de 7 polegadas sensível ao toque. Ela traz GPS integrado com as informações de trânsito por meio de radiofrequência (sem necessidade de conexão 3G) das principais capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. O sistema ainda possibilita conexão wifi com o uso de browser para acesso à internet (quando o veículo não estiver em movimento), além da conexão bluetooth para celular, possibilitando escutar as músicas do telefone e atender chamadas.

A disponibilidade de uma entrada HDMI, que permite a reprodução de áudio, vídeo e imagens em alta definição por meio de dispositivos como notebooks e câmeras digitais, também está presente no Honda HR-V. O primeiro veículo a vir com esse equipamento no Brasil foi o Civic Si, sedã esportivo da marca. Desta forma, o sistema conta agora com duas entradas USB para MP3 player, pen drive e iPod/iPhone/iPad, além do CD player e da entrada auxiliar.

O interior continua aconchegante e a dirigibilidade, boa
O volante tem ótima empunhadura e seu tamanho é ideal, diferente do que ocorre na Captiva, por exemplo. Ele agrega os comandos do sistema de áudio e piloto automático, mas o revestimento em couro poderia ter um acabamento um tanto mais caprichado, deu para perceber algumas diferenças na costura do modelo avaliado por Oficina Brasil. Os bancos são bastante confortáveis, tanto os dianteiros quanto os traseiros. E por falar nisso, o espaço para quem viaja tranquilamente no assento de trás é muito bom. O SUV consegue aliar espaço bom com ótimos  litros para bagagem (são 589 litros no porta-malas).

Botão Start-stop para ligar e desligar o veículo
Botão de Start/Stop, para ligar e desligar o carro, e sistema que sente a aproximação da chave para abertura do SUV são alguns pontos positivos do modelo 2016. Ele conta com teto solar elétrico e sensor de chuva.

NO ASFALTO

O carro continua bastante agradável de dirigir, mas alguns consumidores, que ainda não conhecem o perfil Honda, podem achar que ele poderia ser um pouco mais confortável. Isso porque o SUV balança bastante em algumas valetas e sua suspensão não absorve tão bem os impactos quanto um veículo americano, e mais uma vez dou como exemplo a Chevrolet Captiva.

Em compensação, o motor 2.0 16V SOHC i-VTEC gera 150 cv com gasolina e 155 cv com etanol, ambos a 6.300 rpm. O torque é de 19,3 kgfm com gasolina e 19,5 com combustível derivado de cana, disponíveis ao máximo em 4.800 rpm. A transmissão automática de cinco marchas, aliada à tração 4x4, dá ótima dirigibilidade para o SUV. Ele arranca bem, tem ótimo desempenho na cidade, mas na estrada as retomadas deixam um pouco a desejar. Os 71 litros de capacidade do tanque seriam ótimos aliados se o modelo não fizesse, com etanol, 6,7 km/l na cidade. Pudera, o veículo pesa 1.579 kg em ordem de marcha. Mesmo com o botão ECON acionado, que proporciona a função Eco Assist, o SUV não consegue fazer com que o consumo de combustível seja bom.

A tecnologia FlexOne, que dispensa o tanquinho auxiliar de partida a frio, é acionada ao destravar as portas e um conjunto de aquecedores entra em ação diretamente na linha de combustível tornando a temperatura, principalmente do etanol, ideal para entrar em combustão. Isso ajuda a dar uma partida mais rápida e gera menos poluentes.

Não conseguimos testar o veículo em rodovias e estradas de terra, por isso não tivemos registro de consumo rodoviário. Mas ele vem equipado com controle de tração e estabilidade, sistema de direção Motion Adaptive Electric Power Steering, que interpreta o movimento do motorista, favorecendo ou enrijecendo o esterço da direção quando o carro começa a sair da trajetória em uma curva, auxiliando na retomada do controle do veículo. Ainda há HSA, que é o assistente de partida em rampa; airbags frontais, laterais e de cortina para motorista e passageiro da frente.