Notícias
Vídeos

Do mundo virtual para a vida real: conheça os profissionais que mais atuam no Fórum Oficina Brasil


Nesta nova seção o jornal Oficina Brasil vai homenagear seus mais destacados usuários

Por: Da redação - 19 de fevereiro de 2016

Muitos já qualificaram o Fórum do Jornal Oficina Brasil como a “Wikipedia” do segmento da reparação em uma alusão à primeira e mais popular enciclopédia “colaborativa” da internet mundial. Com 149.982 postagens desde o seu início, em 2009, o site “de ajuda” cumpre seu papel graças à fundamental contribuição de seus comprometidos participantes.

O fechamento do balanço de 2015 já demonstra que o Fórum cresce muito em apenas um ano: foram 10 mil novos inscritos no ano passado, totalizando 120 mil usuários e mais 23.851 tópicos debatidos. O Fórum Oficina Brasil, agora com novo visual, faz parte do dia a dia dos reparadores independentes no país. A cada 24 horas são dezenas de postagens apresentando dúvidas e problemas técnicos enfrentados pelos profissionais de Norte a Sul deste Brasil. E, graças aos participantes com capacitação e conhecimentos acima da média, a maioria dos defeitos encontra solução na base da cooperação.

Como o fórum é construído por “pessoas”, nada mais justo do que apresentar a “comunidade” da mídia impressa do Jornal Oficina Brasil, mais de 60 mil profissionais, àqueles homens que dedicam sua vida a esta profissão apaixonante e ainda encontram tempo, motivação e disposição para ajudar seus colegas. 

Assim apresentaremos o perfil dos principais participantes do Fórum Oficina Brasil. Os critérios de indicação são muito transparentes e dependem da avaliação direta do número de interferências e qualidade destas participações em 2015. No ano passado foram feitos 22.243 posts de 2.873 usuários.

Nesta edição apresentamos mais dois dos mais destacados colaboradores: Mauro Cervo e Silvano Marmentini, conhecidos no Fórum como “RLMAC” e “Marmentini”, respectivamente. Os comentários desses dois participantes somados já chegam à quantia de mais 749 postagens até o fechamento de dezembro de 2015.

Como dissemos, nesta nova seção o jornal Oficina Brasil vai homenagear seus mais destacados usuários, porém há novidades também para toda a comunidade.

A primeira diz respeito a um novo portal que está sendo desenvolvido e vai brindar este destacado espaço com novas tecnologias que vão deixar o Fórum ainda mais dinâmico e com uma plataforma mais “amigável”.

Também está em desenvolvimento uma ferramenta específica para plataformas móveis do tipo “smartphones”, que são uma tendência hoje em dia.

Com estas novidades e somadas à percepção cada vez maior dos reparadores sobre a  utilidade desta ferramenta é fácil prever que a comunidade “#JUNTOSRESOLVEMOS” só deve aumentar nos próximos anos.

Também fica evidente, como mostramos nas páginas seguintes, como foi acertada a decisão do Grupo Oficina Brasil ao investir na integração das mídias impressa e online.

Num momento em que grupos de comunicação têm suas fórmulas tradicionais colocadas à prova pela “permeabilidade” das múltiplas plataformas,  inclusive as mídias socias, o modelo desenvolvido pelo Grupo Oficina Brasil prova-se cada vez mais   efetivo no processo de mobilização de uma comunidade específica como a dos reparadores automotivos.

Segundo a diretoria do grupo Oficina Brasil, a revolução que afeta a mídia, de maneira geral, apresenta mais oportunidades do que ameaças quando focamos na mídia segmentada.

“Desde antes da internet definíamos nossa missão como ‘gestores de uma comunidade’ certamente este conceito, agora consagrado pelo mundo online e mídias sociais, como já fazia parte de nosso DNA, acabou potencializando nossa capacidade de mobilização”, conclui o Diretor do Grupo Oficina Brasil, Cassio Hervé.

O reparador conhecido no Fórum Oficina Brasil como RLMAC começou a trabalhar no setor em 1986 trabalhando na oficina mecânica do tio, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. “Foi uma oportunidade que apareceu. Eu era jovem, desempregado e quando apareceu esse emprego eu abracei”, conta Mauro André Cervo. “Meu tio disse ‘venha trabalhar comigo’, aí eu iniciei os trabalhos na parte de autopeças em março de 1986, pois ele também prestava esse serviço para outras oficinas da região”, relembra o reparador. “Primeiramente eu vendia peças no balcão. A transição para o trabalho pesado na oficina foi relativamente fácil e ocorreu em outubro de 1986, pois eu já estava no meio, convivia com outros profissionais e adquiri bastante noção de como era a parte mecânica”, diz Mauro Cervo 

“Na época que comecei a fazer consertos, o sistema de injeção eletrônica estava sendo implementado nos veículos brasileiros. Isso coincidiu com a ideia que eu tive, quando mais novo, de me especializar na área eletrônica. Fiz cursos sobre aparelhos eletrônicos, como televisão e rádio, que me deram a base. Assim, logo que iniciei na oficina, meu tio ofereceu-me um treinamento de injeção eletrônica e eu o fiz”, conta.

Segundo Cervo, os demais reparadores da mecânica onde trabalhava não tinham a mesma facilidade que ele para trabalhar com injeção eletrônica, o que o fez permanecer no ambiente da oficina por um bom tempo.

A mudança de empregado para empreendedor do setor independente se deu em fevereiro de 1998 quando, com mais dois sócios, RLMAC comprou uma oficina/autopeças que pertencia a frades franciscanos na cidade de Porto Alegre: “não era o ramo deles. Mas hoje a oficina é só minha e conta com sete funcionários”, diz o colaborador.

Em 2009, procurando uma solução para o problema de um Fiat Idea, que ele conheceu o Fórum Oficina Brasil: “não estava conseguindo resolver. Aí eu fui pesquisar na internet e achei o site de colaboração. Coloquei a minha dúvida lá e rapidamente obtive resposta”, relembra. Mauro Cervo afirma que já tinha ouvido muitos elogios sobre o site colaborativo, mas até aquele momento não havia se cadastrado. “Como eu obtive a resposta correta em pouco tempo, me senti na obrigação de começar a colaborar com o que eu sabia”, afirma.

O Idea estava com a Central de Injeção Eletrônica queimada e, mesmo fazendo a substituição, ela voltou a queimar um mês depois. “Aí o pessoal do Fórum sugeriu a troca do corpo de borboletas. Eu fiz o reparo e o problema foi resolvido. Depois disso eu passei a participar muito mais”, garante RLMAC.

Hoje ele é responsável por uma média de 31 posts por mês. “Por vezes eu ajudei colegas que vieram me agradecer e isso faz com que qualquer pessoa se sinta bem”, afirma contente. “É ótimo presenciar essa colaboração, por isso é que estou no Fórum até hoje. Eu entro diariamente”, fala.

Mauro Cervo diz que já conseguiu resolver aproximadamente sete casos complicados com a colaboração do site: “é muito importante, é um curso diário. Todos os dias temos informações extremamente relevantes. Lá no Fórum há oportunidade de adquirir conhecimento e crescer profissionalmente”, afirma.

O profissional de Rondônia começou a fazer parte do Fórum Oficina Brasil no ano passado, mas já deu para perceber, pelo número de participações dele, que é um dos mais assíduos do site: mais de 31 postagens por mês. “Tem gente no Fórum que tem muito conhecimento técnico, é impressionante!”, comenta. Marmentini, como é chamado no site de colaboração, começou a ter relação com a reparação independente de automóveis com seu pai que, apesar de não ser reparador, inscreveu o filho no curso do Senai: “ele fez a matrícula porque queria que eu fosse ‘algo na vida’  ”, conta Silvano Marmentini. “Meu pai disse ‘vai lá aprender, pelo menos, a trocar uma roda’  ”, conta com inegável senso de humor.

Com cerca de 30 alunos na sala em que estudava, Marmentini quis se destacar dos demais e sabia que a concorrência era grande: “até líder da sala eu me tornei. Desde aquela época eu foquei nessa profissão e não larguei mais, mas sei que tenho muito a aprender ainda, principalmente com o Jornal Oficina Brasil e o Fórum”, confessa. Na época em que iniciou os estudos, Silvano tinha apenas 15 anos e logo conquistou uma vaga em uma concessionária Volkswagen da cidade: “eu vendia fitas cassete junto com meu pai na parte da tarde, pois fazia o curso de manhã. Aí o instrutor do Senai ficou sabendo que eu não trabalhava na área e me indicou para fazer um teste na revendedora VW. Havia duas vagas e eu conquistei uma delas. E lá estou há 19 anos”, relembra.

“O meu primeiro trabalho na concessionária foi como auxiliar. Em 2000 eu me tornei mecânico, trabalhando nas áreas de injeção eletrônica e alinhamento e balanceamento. Em 2004 virei reparador especializado nos veículos VW, fazia de tudo e em 2008 me tornei líder de equipe”, conta o profissional.

Foi como chefe de equipe que Silvano sentiu necessidade de adquirir mais conhecimento: “sabia que o Fórum seria de grande ajuda quando li o jornal e vi uma propaganda sobre a página de colaboração. Aí vi as dicas do ‘Direto do Fórum’ e me inscrevi”, conta Marmentini.

Apesar de trabalhar com modelos da marca alemã, Silvado sabe que trabalha em uma concessionária e que, inevitavelmente, terá de consertar veículos de outras marcas: “quando temos dúvidas sobre os modelos Volkswagen nós entramos em contato com a fábrica. Mas como faríamos com os usados de outras marcas? Eu busco as informações no Fórum”, garante ele e completa: “havia um caso de um Peugeot 206 que estava acendendo a luz de óleo e não apagava de jeito nenhum. Aí eu pesquisei no site e descobri que o problema estava no filtro de óleo. Fiz a troca e a luz apagou”, resume.

E conta: “o Fórum é uma ferramenta de trabalho muito útil para o reparador. E falo para o que ainda não são cadastrados: entre o mais rápido possível, mesmo que não esteja em busca de uma solução. Tem muita informação que pode ser utilizada futuramente.”

Silvano confessa que a rede de colaboração se tornou um vício: “todos os dias, quando chego em casa, eu entro para estudar. Virou um vício, tanto é que se eu deixo minha esposa perceber que estou no Fórum, ela vira a cara”, completa Marmentini, rindo.